quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Café com leite e lágrímas.

O dia frio convidava a ficar mais tempo na cama., mas o compromisso diário insistia em leva-la. Foi assim mesmo, sem vontade, sem expectativas, sem brincos, sem cor... Os pingos fortes da chuva misturavam-se ás lágrimas que rolavam quase imperceptíveis. Durante o percurso , chegaram a incomodar o vizinho do lado que olhava disfarçadamente tentando decifra o indecifrável. Uma pergunta surgia insistentemente: o que motivou aquelas lágrima?Tudo parecia tão bem! tinha casa, comida e roupa lavada na máquina! o que mais haveria de querer? Lembrou-se dos sonhos que sonhara, do amor que desejara , da vida que queria ter. Sentia-se sozinha tentando chegar a lugar nenhum. Por onde andavam aquelas tantas histórias que sempre terminavam com " E foram felizes para sempre" ? Agora, não mais. O que via todos os dias estampado nos jornais era a dura e fria realidade. Era essa realidade que tinha que enfrentar dias após dias. Enxugou o rosto, apreciou a paisagem, desceu ainda na chuva que caia torrencialmente, mesmo molhada, colocou um sorriso no rosto e deu bom dia a todos! Na saída pode ver um carro preto parado em frente a Igreja e na calçada quente das 13h , um homem ajoelhado na porta da Igreja. Então pensou quão feliz era , quantas conquistas ... voltou para casa feliz da vida.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"Janduís nos Caminhos da cultura"

Janduís a luz do dia continua verde, sempre verde. Verde de esperanças renovadas,verde por sua juventude quase madura, verde das algarobas que permaneceram vivas depois da devastação, verde estampada no olhar daquelas adolescentes que defendiam a preservação do verde em praça pública sob o olhar atento de vários janduienses.Alguém recitava em alto e bom tom“Janduís a luz do dia é verde...”outro dizia na platéia: Mas, isso já é velho e eu cá com os meus botões refletia: É o verde disseminado da semente plantada nos idos de 1989. Verde que reluz até hoje é que muito tem contribuído para a formação cidadã da nossa gente.Hoje, 12 de agosto assisti emocionada o documentário “Janduís nos caminhos da Cultura” produzido pela turma do 4º período de Turismo da UERN-Natal. O documentário enfatizou bem a contribuição da cultura na vida de muitos meninos e meninas janduíensses. Mostrou para aquele auditório cheio, que o povo de Janduís tem talento, mas o documentário também mostrou na fala de um dos entrevistados, que o movimento cultural de Janduís ainda caminha capenga, ou seja, ainda precisa de apoio para caminhar. Entendo que é importante a autonomia dos grupos culturais. Autonomia no fazer, no ser e no dizer. Autonomia que combina com liberdade. Liberdade de expressão, de deixar fluir toda a criatividade, todo o poder de transformação que a cultura poder exercer. Fluir para fruir... Mas entendo também que é necessário o apoio consistente dos órgão públicos responsáveis pela promoção da cultura do Município.
Parabéns Janduís pela cultura do seu povo guerreiro. Parabéns ao grupo do 4º período de Turismo da UERN –Natal pelo brilhante trabalho.